terça-feira, dezembro 19, 2006

Anestesiado

É assim que eu estou me sentindo junto com milhões de torcedores colorados. Não escrevi durante o Mundial de Clubes pois não conseguia controlar o êxtase, a euforia. Mal conseguia pensar, organizar meus pensamentos, e colocá-los em uma seqüênca lógica me fazendo entender pelos meus poucos leitores. Assim fiquei e assim estou até agora, mas aos poucos, vou me recompondo.
Durante esse tempo meu batimento cardíaco permaneceu totalmente alterado. A todo o minuto meu organismo injetava altas doses de adrenalina o que me causava arrepios e calafrios quando lia matérias referentes à disputa desse título. No dia da final, então, essas doses aumentaram e meu corpo todo tremia, minhas mãos suavam e eu me esticava no sofá para não sentir as mesmas caimbras que tiraram Pato da primeira partida e Fernandão da segunda.
Enfim, após todo esse sufuco meu corpo ainda sente os reflexos dessa tensão. Minha coluna dói, minha cabeça ainda está latejando, minhas pernas estão pesadas e minhas cordas vocais mal se mexem. Faço força até para escrever, pois não há posição na cadeira que amenize isso tudo.
A ficha ainda não caiu. O que parecia impossível se tornou realidade. O mais fanático dos torcedores do Inter não imaginava um título de tamanha amplitude. Este é o ápice de um clube de futebol, ou seja, o título máximo na história de um clube. Passei minha infância toda esperando por esse momento e agora vivo ele com tanta intensidade que mal consigo me expressar.
Vou, aos poucos, me comunicando com vocês novamente e saindo desse estado anestésico. Hoje o colorado retorna à Capital e novamente muitos voltarão a ficar anestesiados assim como eu.
Se alguém quiser notícia de veradade me perdoem mas acessem o site do Inter e leiam os jornais regionais, pois, infelizmente, eu ainda não tenho condições.
Por fim, me perdoem, também, torcedores leitores gremistas que acessam esse blog, mas nada pode ser maior do que isso. A única coisa que posso dizer é que o Grêmio está trazendo o zagueiro Schiavi.

quinta-feira, dezembro 07, 2006

Papelão das torcidas organizadas

Foto: Nicolau Júnior
Há três dias do último Gre-Nal tive a oportunidade de conversar com o atacante Fernandão em um evento na Secretaria da Justiça e da Segurança (SJS), organizado em conjunto com a brigada militar, polícia civil, ministério público e outras entidades ligadas à segurança pública. O objetivo era coibir a violência nos estádios. Mesmo com a adoção de medidas mais drásticas para punir os responsáveis pelas confusões, alguns incidentes foram registrados naquela partida.
O impressionante é que até quando não há jogos entre a dupla Gre-Nal, os baderneiros ainda insistem em protagonizar atos lamentáveis. Durante a despedida do Inter da sua torcida, novamente alguns desprezáveis torcedores entraram em confronto com policiais da brigada militar. Era para ser somente uma festa, e, mais uma vez, o que vimos é para ser esquecido, mas não deve.
Como se não bastasse tamanha irresponsabilidade fui ao estádio Beira-Rio cobrir um evento que ocorria no Gigantinho no mesmo dia. Na chegada de alguns torcedores da organizada Camisa 12, na avenida Padre Cacique, vi que alguns deles "surfavam" no teto do veículo. Uma barbariedade. Rapidamente tirei umas fotos e fui obrigado a ouvir as piores ofensa. O pior é que eles acham que estão certos. Só para lembrar que domingo, no jogo contra o Goiás, esses mesmos torcedores se envolveram, mais uma vez, em uma briga. Dessa vez foi o com o pessoal da popular. Os torcedores da Camisa 12 chegaram a acender rojões e, ao invés de atirar para o alto, miraram na direção de quem estava nquela parte das arquibancadas. E as crianças? E os pais? E quem não tem nada a ver com isso?
Está na hora da direção do Inter tomar providências. Sou testemunha ocular de como agem torcedores de organizada, pois vou ao Beira-Rio e sempre sento nas inferiores. Em nenhum momento se preocupam em torcer. São marginais infiltrados. Tem que extingüí-los, pois só assim irão acabar com isso. Se as providências demorarem a ser tomadas os dirigentes sofrerão conseqüências graves.

terça-feira, dezembro 05, 2006

Uma cidade em êxtase


Hoje vi uma das cenas mais arrepiantes da minha vida. Bastaram algumas linhas nas páginas dos principais jornais da cidade de Porto Alegre anunciando o roteiro de saída da delegação colorada até o aeroporto Salgado Filho para que algumas pessoas cancelassem seus almoços e ficassem alteradas.
A delegação partiu hoje às 13h30min em um vôo fretado até São Paulo de onde seguiria para Paris. Só que os fanáticos torcedores seguiram atrás do ônibus Colorado fazendo uma gigantesca carreata e um buzinasso ensurdecedor pelas principais ruas e avenidas da cidade. Bonita a atitude da direção de proporcionar à torcida esse tipo de contato e até mesmo para os jogadores sentirem o verdadeiro êxtase que vivem os torcedores ao ver, diante de seus olhos, a possibilidade de conquistar o Mundo pela primeira vez. Assumo que tal mobilização também me contagia, até porque o Inter nunca disputou tal competição.
No aeroporto muita gente se aglomerou para desejar boa sorte aos "guerreiros". Um avião com duas enormes bandeiras nas janelas estava parado na pista esperando os jogadores. Emocionante narrou um amigo meu por telefone ao passar de trem pela estação Aeoroporto. Nesse instante ele me ligou e disse que iria voltar e acompanhar de perto esse momento. Mais tarde retornei a ligação e me disse estar sem palavras para descrever o momento.
Olha, confesso que não me lembro se em 1995 a festa de despedida para o time do Grêmio que embarcou para Tóquio foi igual a dos Colorados. Agora imaginem se eles voltam com a taça. Vai faltar espaço e cerveja na cidade para tanta comemoração.

Despedida amarga dos gaúchos

Finalmente chegou ao fim o Campeonato Brasileiro de Futebol deste ano. Com duas rodadas de antecedência o São Paulo foi o campeão. Sem graça, a imprensa tentou empurrar güela abaixo alguma emoção do tipo: A despida do Inter, Juventude luta por vaga na sul-americana e após a derrota do colorado para o Goiás, Grêmio quer o vice-campeonato.

A verdade é que todos foram humilhados. O Grêmio conseguiu perder para o já rebaixado Fortaleza, o Juventude levou cinco do Corinthians e o Inter hein. Preparou a festa, vestiu chapéu de japonês, lotou o estádio e esqueceu de entrar em campo e jogar. Era nítido que os jogadores do colorados estavam com a cabeça no Mundial de Clubes, principalmente o Clemer. Que papelão, no mínimo, três frangos. Destatento e sem tempo da bola comprometeu todo o time. Espero que isso não se repita lá, mas confesso que quand penso nisso tenho arrepios. Essa derrota veio em boa hora, pois assim os jogadores se ligam de que nem tudo é só festa e colocam os pés no chão novamente. Voltam a se concentrar no que interessa e páram de palhaçada.

Já o Grêmio, conseguiu perder tantos gols, mas tantos gols, que eu acho que para a próxima temporada os fundamentos do futebol devem ser treinados todos exaustivamente e a bola "redonda" também tem ue ser apresentada ao elenco, pois a que eles jogaram no domingo era quadrada.

Bom, deixei o Juventude para último porque é aí que ele merece ficar. Que time ruim meu Deus. Com uma direção que começa uma competição sem planejamento e monta um time sem objetivo, é nisso que dá. Há pouco tempo atrás o Papo era sensação entre os gaúchos. Neste ano passou remando, remoando, remando e nem entre os 12 primeiros conseguiu ficar. Pior do que isso só perder de cinco para esse time paulista que eu não vou mais falar nem escrever o nome. Teve sorte de não ser rebaixado.

Bah, os times gaúchos ficaram devendo na última rodada do Brasileirão 2006. Mas valeu pela particpação de um modo geral. Inter e Grêmio ficaram na frente da maioria dos clubes paulistas.

Bom fim de ano a todos!