terça-feira, maio 16, 2006

O Código Da Vinci: das páginas às telas de cinema


Uma das mais esperadas produções cinematográficas do ano chega as telas de cinema. O Código da Vinci, uma obra de Dan Brown, sai das páginas para as telas de cinema do mundo. Com com mais de 36 milhões de exemplares vedidos em todo o mundo. O filme, que será lançado, no dia 19 de março no 59º Festival de Cinema de Canes, é formado por um renomado elenco com Tom Hanks, Andrey Tatou, Jean Reno, Ian McKellen e Alfred Molina sob a direção de Ron Howard.

O livro mistura, com perfeição os ingredientes de uma envolvente historia de suspense com informações sobre obras de arte, documentos e rituais secretos, prendendo do leitor do início ao fim. Um assassinato dentro do Museu do Louvre, em Paris, traz à tona uma sinistra conspiração para revelar um segredo que foi protegido por uma sociedade secreta desde os tempos de Jesus Cristo. A vítima é o respeitado curador do museu, Jacques Saunière, um dos líderes dessa antiga fraternidade, o Priorado de Sião, que já teve como membros Leonardo da Vinci, Victor Hugo e Isaac Newton. A trama se desenvolve em uma alucinada fuga dos personagens Roberto Langdon e Sophie Neveu por catedrais e castelos da Europa. O objetivo: buscar as pistas deixadas nas obras de Leonardo Da Vinci para desvendar os segredos dessa tão misteriosa sociedade secreta.

Se o livro foi alvo de duras críticas da Igreja Católica, de muitos estudiosos das religiões e de leitores, podemos deduzir que o filme, que interpreta Roberto Langdon, as rebate afirmando que “se todos os filmes forem levados a sério, particularmente um de grande investimento como esse, estaremos cometendo um grande erro. Hanks disse que “é apenas uma boa estória e está cheio de atos que não exprimem uma idéia iteligível”. Nas Filipinas, por exemplo, o ministro da Presidência, Eduardo Ermida, afirmou que, como bom católico, não pode permitir que uma trama como essa seja propaganda para a liberdade de expressão, mas que isso depende somente do Birô de Revisão e Classificação de Cinema e Televisão (MTRCB) do seu país.

Para os brasileiros, a expectativa de que o filme chegue logo às telas de cinema do país é grande. Jéssica Franco Sachet, 15 anos, diz que mesmo sendo católica, leu o livro, gostou da obra e vai assitir ao filme. Várias pessoas me falaram que era uma boa obra e, com base nisso, fui ler sobre o assunto e as críticas sobre o conteúdo do livro. “Espero que o filme seja uma cópia fiel do livro, menos complexo, até porque as imagens facilitam mais a compreensão da história”, salientou. Segundo ela o conteúdo não a ofendeuem nenhum momento pois se as pessoas têm fé e acreditam na sua religião não irão confundir um romance policial com a vida real e muito menos com a história de Jesus Cristo. Para ela a objetividade de uma produção cinematográfica pode alcançar um público bem maior do que o que leu o livro de Dan Brown. “Nem todo mundo gosta de ler e por isso vai querer assitir o filme. A população brasileira, de um modo geral, não lê muito, gosta das coisas mais fáceis e acessíveis”, observou.

Para fazer o filme foram gastos mais de U$ 125 milhões. No Brasil, O Código Da Vinci chega atropelando. São 500 cópias em todo o país, 50 a mais que Missão Impossível 3 e quase 80 a mais que A era do gelo 2, até agora os blockbusters de 2006. Muitos filmes bons deverão sair de circuito antes da hora contando que temos apenas 1,2 mil salas em nosso território. Mas tudo bem: quem não vai querer assistir a "Código Da Vinci"?