quarta-feira, julho 14, 2010

Quanto vale o seu conhecimento?


Você deve estar se perguntando. Esse não é um blog de esporte? Por que raios esse maluco estaria querendo filosofar agora? Leia até o fim, pois vou fazer jus ao seu tempo dedicado aqui. Mas enfim, quantas vezes você, é você mesmo que lê agora esse post já se perguntou quanto vale o seu conhecimento? Eu, particularmente, fiquei seis anos dentro de uma universidade adquirindo ou tentando adquirir isso e me questionando ao mesmo tempo. Considero-me um privilegiado, pois soube aproveitar o máximo as figuras que por horas e horas, semestres e semestres, dias e dias tiveram paciência para explicar para um leigo (para não dizer ananá) como eu, coisas que só o estudo e a pesquisa nos dá.


Pois então, quantas vezes você, meu amigo leitor, não foi ouvido quando tinha certeza de algo? Ficou P da vida, porque ignoraram tudo aquilo que você adquiriu ao longo da sua trajetória acadêmica, profissional ou pessoal. Enfim, você perde de dar uma volta com os amigos nos finais de semana, azarar uma gatinhas, tomar umas e outras e várias, encher a cara para ficar ali. Inerte, por horas, estudando, estudando e lendo tudo aquilo que o mestre lhe designou para ler para chegar afiado na aula da próxima semana. Você fez isso, porque levou em consideração, primeiro, as suas obrigações, segundo porque resolveu ouvir quem tem conhecimento.


Certa vez estava eu indo para algum lugar de ônibus e vi uma pixação em um muro qualquer da cidade. Certamente, esse ato ridículo - cá estou eu escrevendo em um blog e não pixando muros, calçadas e deixando a minha cidade mais feia - foi feito por algum militante de movimentos sociais sem causa. Mas entendi o que ele queria. Ser ouvido. Se ão o foi, acabou lido pelo menos. Não sei se foi melhor assim. O fato é que a frase dizia: - Quanto vale o teu conhecimento? Caramba!!! É verdade. Quanto te pagam pelo teu esforço, por ser solícito, cumprir com as suas obrigações, ser responsável. Ah! Esqueci. Para muitos isso é obrigação. Mas se eu resolver ser o contrário. Daí vou ser ouvido. E se eu resolver infringir todas as regras levando em consideração a máxima de que as mesmas existem para serem quebradas? O que me aconteceria? Todos meu ouviriam, pelo menos eu acho que uma pequena parcela, isto é, meu colegas de cela, porque seria preso.


Agora, um polvo que sequer fala ganha mais atenção do que quem estudou a vida toda e lê e busca informação, e está sempre atento a tudo ou a quase tudo, porque no mundo atual isso é impossível. É muita informação por centímetro de página que não há como dar conta. Claro! Ele tem oito cérebros e eu somente um. Droga! Assim não há como competir. Me sinto injustiçado. Aliás, me sinto assim quase todos os dias. Eu sou um gênio porra! Pelo menos gostaria de ser. Assim as pessoas me respeitariam mais. Posso ser uma anta quadrada. Mas se eu ganhar na Mega-Sena (tem hífen?) e ficar milionário aí sei que passarei a ser respeitado, ouvido, lido. Até meu blog teria mais leitores. Mas do que adianta inteligência quando não se tem status? Isso é um fracasso para a nossa sociedade e daí eu seria um. Inteligente e pobre = FRACASSADO.
Tenho fé de que um dia eu chego lá. Olharei para trás, olharei para todos aqueles que não me deram ouvidos e continuarei agindo como se todos sempre tivessem me ouvido e seguido minhas dicas, conselhos, etc. Mas voltando as primeiras frases que escrevi, sobre qual a relação que isso tem com a proposta deste blog?
Não sei também. Se eu disser, ninguém vai me dar atenção mesmo.
Ah! Em tempo, eu disse que a Espanha ia ser campeã da Copa do Mundo, muito, mas muito antes do Soccer City ter as obras concluídas, mas o resto do mundo preferiu confiar em um polvo octa cerebral.