segunda-feira, dezembro 06, 2010

ALISSON É DO REAL MADRID

(foto do site do Sport Club Internacional)


Vocês deve estar pensando que é pegadinha, piada ou algo sem fundamentação nenhuma. Mas não é. O que segue nas próximas linhas é um teste, mas um teste daqueles que devem ser seguidos à risca. Leiam atentamente, pois jornalistas precisam de boas fontes e além de boas, fontes seguras. E essa é, por isso escrevo aqui o seguinte:

O goleiro do Sport Club Internacional da categoria Juniores, Alisson Ramses Becker (foto), 18 anos, irmão do goleiro do grupo principal e quarto reserva, Muriel Gustavo Becker, está vendido para o Real Madrid. Isso mesmo. Vendido sem nunca ter vestido a camisa do grupo principal. Eleé tão quanto o Agenor, que está emprestado ao Cricíuma, que recentemente subiu da 3ª Divisão para a Segundo do Brasileirão em 2011. E a direção quebrando a cabeça atrás de goleiros para o time titular e a solução do problema está em casa. A aposta do clube espanhol é de que ele seja um sucessor de Casillas pelos próximos 10 anos. Como o Inter tem esses contratos limitados com atletas jovens, o Colorado pode não levar um tostão furado na transação. A única saída é a direção realizar algum tipo de manobra jurídica para levar algum trocado. O empresário dele já negociou o atleta, segundo fontes próximas ao jogador. A transferência deverá ocorrer até o meio de 2011.

Porém, como no futebol e nessa área dos negócios futebolísticos tudo pode mudar da noite para o dia, isso que escrevi pode cair por terra. No entanto, enquanto isso não acontece, sigo acreditando nas minhas fontes, que jamais serão reveladas por questões éticas.

quarta-feira, julho 14, 2010

Quanto vale o seu conhecimento?


Você deve estar se perguntando. Esse não é um blog de esporte? Por que raios esse maluco estaria querendo filosofar agora? Leia até o fim, pois vou fazer jus ao seu tempo dedicado aqui. Mas enfim, quantas vezes você, é você mesmo que lê agora esse post já se perguntou quanto vale o seu conhecimento? Eu, particularmente, fiquei seis anos dentro de uma universidade adquirindo ou tentando adquirir isso e me questionando ao mesmo tempo. Considero-me um privilegiado, pois soube aproveitar o máximo as figuras que por horas e horas, semestres e semestres, dias e dias tiveram paciência para explicar para um leigo (para não dizer ananá) como eu, coisas que só o estudo e a pesquisa nos dá.


Pois então, quantas vezes você, meu amigo leitor, não foi ouvido quando tinha certeza de algo? Ficou P da vida, porque ignoraram tudo aquilo que você adquiriu ao longo da sua trajetória acadêmica, profissional ou pessoal. Enfim, você perde de dar uma volta com os amigos nos finais de semana, azarar uma gatinhas, tomar umas e outras e várias, encher a cara para ficar ali. Inerte, por horas, estudando, estudando e lendo tudo aquilo que o mestre lhe designou para ler para chegar afiado na aula da próxima semana. Você fez isso, porque levou em consideração, primeiro, as suas obrigações, segundo porque resolveu ouvir quem tem conhecimento.


Certa vez estava eu indo para algum lugar de ônibus e vi uma pixação em um muro qualquer da cidade. Certamente, esse ato ridículo - cá estou eu escrevendo em um blog e não pixando muros, calçadas e deixando a minha cidade mais feia - foi feito por algum militante de movimentos sociais sem causa. Mas entendi o que ele queria. Ser ouvido. Se ão o foi, acabou lido pelo menos. Não sei se foi melhor assim. O fato é que a frase dizia: - Quanto vale o teu conhecimento? Caramba!!! É verdade. Quanto te pagam pelo teu esforço, por ser solícito, cumprir com as suas obrigações, ser responsável. Ah! Esqueci. Para muitos isso é obrigação. Mas se eu resolver ser o contrário. Daí vou ser ouvido. E se eu resolver infringir todas as regras levando em consideração a máxima de que as mesmas existem para serem quebradas? O que me aconteceria? Todos meu ouviriam, pelo menos eu acho que uma pequena parcela, isto é, meu colegas de cela, porque seria preso.


Agora, um polvo que sequer fala ganha mais atenção do que quem estudou a vida toda e lê e busca informação, e está sempre atento a tudo ou a quase tudo, porque no mundo atual isso é impossível. É muita informação por centímetro de página que não há como dar conta. Claro! Ele tem oito cérebros e eu somente um. Droga! Assim não há como competir. Me sinto injustiçado. Aliás, me sinto assim quase todos os dias. Eu sou um gênio porra! Pelo menos gostaria de ser. Assim as pessoas me respeitariam mais. Posso ser uma anta quadrada. Mas se eu ganhar na Mega-Sena (tem hífen?) e ficar milionário aí sei que passarei a ser respeitado, ouvido, lido. Até meu blog teria mais leitores. Mas do que adianta inteligência quando não se tem status? Isso é um fracasso para a nossa sociedade e daí eu seria um. Inteligente e pobre = FRACASSADO.
Tenho fé de que um dia eu chego lá. Olharei para trás, olharei para todos aqueles que não me deram ouvidos e continuarei agindo como se todos sempre tivessem me ouvido e seguido minhas dicas, conselhos, etc. Mas voltando as primeiras frases que escrevi, sobre qual a relação que isso tem com a proposta deste blog?
Não sei também. Se eu disser, ninguém vai me dar atenção mesmo.
Ah! Em tempo, eu disse que a Espanha ia ser campeã da Copa do Mundo, muito, mas muito antes do Soccer City ter as obras concluídas, mas o resto do mundo preferiu confiar em um polvo octa cerebral.

sexta-feira, abril 23, 2010

Ufa! Grêmio classificado

Eram exatos 27 minutos do segundo tempo na Ressacada, quando Roberto deus dois dribles em Edilson, que ficou só olhando, avançou e tocou para Laércio escorar para as redes do Grêmio. Avaí, 2x1 no Tricolor. Aí virou drama. Se fizesse mais um, o que era bem provável, pois o time catarinense era melhor, a decisão da vaga iria para os pênaltis. isso, porque o Grêmio havia ganhado de 3x1, no Olímpico, em Porto Alegre. De repente, Borges se atira no chão na frente da área. Falta. Rochemback acerta um foguete no ângulo. Tudo igual e a classificação garantida. Ainda deu tempo do Avaí marcar mais um, mas não havia mais tempo para nada. Teria que fazer cinco, pois tomou dois em casa. Regulamente é regulamento. Acabou desestabilizado pelo gol gremista.

Tá! Mas o que isso tem a ver com sufoco? Fácil responder. O Grêmio só se classificou por que o Avaí é fraco. Time que quer chegar em algum lugar não pode jogar fora de casa como cachorro escurraçado. Com medo e o rabo entre as pernas. Time que tem pretensão de chegar em algum lugar tem que intimidar. Jogar futebol e não se esconder ou se retrancar para não tomar gol. Será inevitável. Vai sofrer gols.

Mesmo fraco, deu susto. Lembrem do jogo de ida aqui na Capital dos gaúchos. Tinha 10 jogadores em campo e por pouco, muito pouco, não fez um crime. Vitor salvou, para variar. Isso é inaceitável para um time que quer ser campeão. Lá em Florianópolis não foi diferente. Até empatar, o Grêmio passava por maus momentos e tudo se encaminhava para uma derrota imperdoável. Pela soma dos resultados, pareceu que foi tranquilo, mas quem acompanhou as duas partidas viu que não foi bem assim. Foi preciso contar com a sorte. Aaaaaah! Se ela não tivesse ido à Floripa, tinha dado cacaca, e das bem fedidas.

O 4-4-2 é o negócio. Eu tinha razão

Não vou ficar aqui me convencendo de algo óbvio. Eu tinha razão. Pronto! Não sou eu que estou escrevendo isso e me gabando, são os fatos, eles comprovam isso. Basta olhar os último jogos do Inter no esquema 3-5-2 e assistir o o jogo da ultima quinta-feira, 22, contra o Deportivo Quito no 4-4-2. O Colorado passeou em campo. Desfilou, enfiou 3x0 nos equatorianos com autoridade. Deixou o torcedor empolgado de novo e me deu razão, o que á a coisa mais saborosa. Quando a gente acerta nas nossas previsões, conclusões e opiniões.

O que quero dizer é que com esse esquema o Inter flui dentro de campo. Não dá para jogar com três zagueiros onde todos são velhos, lentos, pesados e consagrados. Tem que botar um guri para jogar no meio deles. Daí o guri corre que nem louco para mostrar serviço enquanto o mais velho e experiente só o orienta com a classe e inteligência de quem já correu feito louco um dia na vida para também mostrar o mesmo serviço.

Vou ser o menos prolixo hoje. Inter e 4-4-2 tem perspectivas. Ou o Fossati lê o meu blog ou o Inter fracassa nessa Libertadores. Conselho de amigo. Em tempo, o Guiñazu foi bem também, talvez ele tenha lido o que escrevi.

terça-feira, abril 06, 2010

Errar é humano. Já persistir no erro...

Faz tempo que não escrevo sobre esportes, ou futebol mais especificamente, que é onde eu julgo que entendo um pouco mais. Pode ser que realmente não entenda nada, o que é mais provável mesmo, afinal, se vê um técnico em cada esquina, cada padaria, mesa de bar, etc. É isso que me impede de escrever sobre o assunto. Ouço tanta besteria que desisto de escrever ou falar de algo vazio. Se futebol fosse tão simples assim, teríamos um quatrilhão de treinadores. O fato é que não é. Ninguém entende de esquema tático, ou pelo menos, a grande maioria desses que insitem em avaliar a atuação dos times nas rodas de amigos, no trabalho e em outros ambientes. Nem alguns técnicos parecem entender do assunto, às vezes.

Vejamos exemplo de técnicos multicampeões e que, do nada, fracassam, sucumbem diante das dificuldades. Tá certo, tem times que é melhor não comentar. Mas o próprio Big Boss Felipão não conseguiu fazer o todo poderoso Chelsea jogar. Com muito menos ele fez um Grêmio mega campeão.

Enfim, o Inter é um exemplo de Chelsea brasileiro com um Felipão no comando. Cabe deixar bem claro que não se trata aqui de comparação. A questão é que o alarde que fizeram quando Fossati foi contratado, com a missão de levar o Colorado ao título da Libertadores, foi bem semelhante. Problema: todos se pautam pelo que leem. A grande maioria dessas conversas citadas mais acima são pautadas naquilo que é dito ou escrito. Ninguém é capaz de formar opinião própria a respeito daquilo que vê. Todo mundo tem medo parece.

Eu não. Eu não tenho medo. Sou um destemido, com exceção de quando chego em casa cheio de valentia e encontro a minha namorada com um rolo de macarrão na mão. Daí, foi-se a valentia. Mas intimidade a parte, eu não tenho medo de dizer que um grande responsável pela desorganização tática do Inter é o idolatrado, o inigualável, o guerreiro, um dos mais amados jogadores do clube, o argentino Guiñazu.

Ele é ruim. É daqueles que correm, lutam, suam feito louco para superar a ruindade tática. Já ouvi "especialistas" no assunto perguntarem: "Como pode um jogador como esse ficar de fora da seleção argentina?". Óbvio, pelo menos para mim. Lá eles não são tão ignorantes a tal ponto, suponho.

Guiñazu, não guarda posição. Guiñazu é afoito (lembrem do pênalti cometido por ele desnecessariamente na partida contra o Cruzeiro de BH no Brasileirão do ano passado, no Beira-Rio). Resultado do jogo: 3x2 para a Raposa. Era o jogo do título, ou pelo menos um deles. Os gols sofrido pelo Inter, muitas vezes inciam em contrataques que surgiram após um passe errado do falso volante. O sonho dele, acredito, era ser armador. Faltou talento para isso e ele foi guardar a zaga. Ah! Que saudade do Edinho.

Esse sim. Fazia o que lhe competia. Faltava técnica então, bola pro mato que o jogo é de campeonato. Para jogar no 3-5-2, Edinho era o cara. Se passasse por ele, caia no chão, mas bem longe da grande área. Claro, como todo ser humano, errava feio às vezes. Mas foi gigante no título Mundial. Ele sim não poderia ter sido vendido. Nem ele nem o Alex.

Resumindo, ou tentando resumir, o fato é que o 3-5-2 com o argentino não dá certo. Só o Fossati não vê. Ele tentou, o uqe é louvável, mas não dá. A defesa fica insegura, desguarnecida, fragilizada. Não rola, não adianta. só não escrevo mais, para não parecer que sou um desses metidos a treinadores de boca de esquina. Errar é humano. Já persistir no erro.....

sexta-feira, março 19, 2010

VELÓRIO

Para um jornalista, tem coisa mais enfadonha, constrangedora e chata do fazer a cobertura jornalística de um velório? Claro, o velório do Ayrton Senna, por exemplo. Não deve ter sido nenhum pouco interessante de se cobrir, pelo óbvio, mas pela repercussão deve ter valido o trabalho. Reconhecimento, entre outros aspectos interessantes.

Mas enfim, um velório qualquer, de uma personalidade sem um destaque nacional ou internacional é realmente algo que me chateia. Sério! Você chega com o cinegrafista e o seu microfone em punho (no caso de trabalhar para uma emissora de TV), no caso de outros colegas de profissão, gravadores, blocos, canetas e curiosidade. Mas que tipo de abordagem fazer. Claro que não estou aqui pregando que essas pautas não mereçam destaque. Só acredito que não mereçam tanta ênfase. Destaque ou não, o que quero dizer é que nada é mais constragendor para um jornalista do que chegar em um velório de uma pessoa que você não conhece. A família está ali, ao redor do caixão naquele clima de total consternação pela recente perda, etc. e tal e você ali. Pensando no que vai perguntar para deixar a sua matéria interessante.

Aí o profssional pensa: - não posso perguntar o que o entrevistado está sentindo. Isso é óbvio! Também não posso perguntar qual o sentimento? Seria ridículo. Imageinem a resposta do tipo: - sinto uma felicidade enorme por esse momento. Talvez, o que o tal falecido significou para a história deste país, estado ou cidade. Isso, é isso! Vai ser isto mesmo. Inflo o peito, tomo coragem e vou em frente certo de que não vou receber nenhuma resposta óbvia.

Aí as respostas saem todas iguais. Parece que combinaram. Parace que o diretor daquela "cena", ato ou como queriam definir um velório teve um diretor de cena, de fotografia, um roteirista (que por infelicidade distribuiu o mesmo texto para todos que ali estavam). Resumindo, um porre!

Permaneço ali, por mais alguns minutos, pois preciso cumprir o meu dead line, envergonhado, mas observando para ver se algo inusitado acentece. Mas que tipo de algo inusitado poderia acontecer em um velório. O morto levantar? Acordar? Se mexer? Ressucitar? Isso! Perfeito! Imaginem que matéria boa eu faria se isso acontecesse?

Caraca! Como não tinha pensado nisso antes. Cruzo os dedos, faço figa e começo a minha torcida para que, de solvanco, abruptamente, o morto ali vire ex-morto. As horas passam e tchanammmmm!!! .........

Nada. Nenhuma inflada de ar no pulmões já desfalecidos do vivente, ou melhor, ex-vivente. Por que penso isso? Quem está lendo não deve estar entendendo nada deste post. Devem estar pensando que sou um álacre jornalista, que fica tirando onda das desgraças alheias. Ou um lúmpmen sem noção de absolutamente nada.

Por favor! Não pensem isso. É que estou no mais sentimento de tristeza. Por estar ali, tendo que divulgar o fim da vida de alguém, sabe que mais cedo ou mais tarde serei eu ali também e me metendo em algo da qual não faço parte. Vida de jornalista é dura gente. Mas é exatemente nesse momento que começo a reparar então nas pessoas que ali estão velando o corpo. Era, inicialmente, para todos estarem triste, ou não?

Alguns sorriem, falam como se nada tivesse acontecido e alguns familiares ali. Inertes, congeladamente incrédulos. Outros, falam da vida, das viagens, do trabalho, até surge uma lembrança do morto lá pelas tantas....

Mas vamos às origens. Velório: do espanhol velorio. Ato de velar, com outros, um defunto. De passar a noite em claro na sala onde se encontra exposto um morto.

Mas poucos ali estão fazendo isso. Então, penso: - quer saber? Vou fazer perguntas óbvias e azar das respostas. Tem gente ali que só está para mostrar que, talvez se importa com a morte do morto. Ao que me surpreendo. Em uma das respostas identifico que tem gente ali que mal sabia quem era o morto. Pergunto qual o significado dessa perda e vejo o entrevistado tremer, gaguejar, titubear.

Ah! já sei porque ele estava ali. Pela morte, claro, mas porque em outubro tem eleições.