segunda-feira, julho 28, 2008

Salve Roth!

Mais uma vez, vou bater nessa tecla. O que será que houve com parte da torcida do Grêmio do odeia o Celso Roth? Mudaram de opinião? Se isso ocorreu de fato, meu parabéns. Conseguiram ser mais imparciais e viram que futebol é uma caixinha de surpresas, ou melhor, o Roth é uma caixinha de surpresas. Isso só prova o que sempre escrevo e falo. Críticas oportunistas só servem para evidencias os maus profissionais dos bons. Aqueles que não querem aparecer mais do que a notícia, são taxados de incompetentes, isto é, os mais centrados, os mais comedidos nas suas críticas. Já aqueles que gritam nos microfones das rádios, sujam as páginas dos jornais com comentários desnecessários, são conceituados como especialistas, corajosos e grandes profissioanais.

Mas e aqueles que discretamente, de uma hora para outra passam a elogiar o trabalho do técnico depois de tê-lo, indiretamente, o chamado de burro? Eu os chamaria de vaselinas. Esse é o termo mais adequado para jornalistas esportivos dessa turma. Onde estão eles agora? E os torcedores? Ah! Torcedor não conta, age com o coração e deixa a razão a quilômetros de distância dos seus sentimentos.

O Grêmio só não fez o Palmeiras voltar para São Paulo com uma sacolada de gols, porque esbarrou nas suas próprias limitações, no campo pesado da chuva e na trave. Fora isso, teria disparado na liderança com soberania. Se vai ser campeão? Não sei. Para isso, será preciso mais do que jogar bom futebol. Será preciso superar a arbitragem, que valida dois gols de mão do Flamendo na partida contra a Portuguesa. Podem chamar os gaúchos de bairristas, pois o mesmo torcedro gaúcho vai continuar chamando a CBF e a arbitragem em geral de parcial e acusá-la de favorecer os clubes do Centro do País. O que sei é que o Tricolor é um dos favoritos.

Quem é o responsável pelas derrotas? Sempre o odiado treinador. E nas vitórias? Será o motivador? Com certeza não, portanto, acreditem nele dêem um voto de confiança, pelo menos nesse momento, e gritem em alto e bom tom. Salve Roth! Ah! Os oportunistas de plantão estão logo ali adiante. Prontos para dar o bote como uma onça em posição de ataque a alguma presa para saciar a sua fome. É assim que eles agem. Cozinham em banho-maria e depois "fritam" para dizer: – Eu avisei.

O Godoi dói

Como terminei o post anterior falando da vida ingrata de um telespectador, vou começar esse adotando esse mesmo ponto de vista. Domingo, ao lado do meu cunhado, estava assistindo o programa Terceiro Tempo na TV Record, apresentando pelo ilustríssimo Milton Neves, com seu sotaque mineiro carregado, e um dos assuntos que surgiu durante o programa estava relacionado a qualidade dos árbitros brasileiros.

No entanto, um ex-árbitro de futebol chamdo Oscar Roberto Godoi disse: - Num país onde o melhor árbitro é aquele que não marca faltas, se tem uma noção da qualidade da arbitragem brasileira – se referindo a Leandro Vuaden, que fez uma arbitragem brilhante na partida entre Palmeiras e Fluminense. Ora, pois! O roto falando dos cozidos. Godoi nunca apitou nada. Passou a vida inteira assoprando apito. Hoje, o mais correto não seria chamá-lo de ex-árbitro e sim de ex-assoprador de apito. Quantas Copas do Mundo ele apitou? Ele quer que o juiz de futebol pare a partida toda vez que um atleta for ao chão em disputas de bola. Bem que fez o Vuaden, deixando o espetáculo rolar e fazer valer o preço do ingresso que o torcedor pagou para assistir ao jogo e não aos árbitros que adora aparecer, como o Godoi.

Sem mais delongas, vou direto ao ponto. Por isso e tantos outros motivos, que o esporte no Brasil é o que é. Qualquer um vai para os meios de comunicação de maior audiência do país proferir bobagens atrás de bobagens. Da mesma forma que qualquer um assume o Ministério do Esportes no Brasil e faz mais bobagens ainda. Sugiro que ele assista aos jogos de futebol em qualquer país europeu e depois volte a comentar sobre arbitragem. Mas que é irritante ficar do outro lado da tela tendo que agüentar isso sem poder fazer nada, isso é.

Entrevistas rituais

Na vida, tudo tem explicação. Sejam sobrenaturais, objetivas, concretas, nem tão objetivas e que necessitam de aprofundamento e embasamento teórico, etc. Essa é a ordem das coisas. No Jornalismo existem discursos e discursos e já explico o que quero dizer com isso.

Para quem trabalha no ramo existem alguns diferentes tipo de entrevista: tem a ritual, que é geralmente breve. São aquelas que servem muito mais para simples registro de comprovação de que o repórter está no local do evento do que o que é dito pelo entrevistado. Tem as entrevistas temátias, que abordam um assunto específico que suponha-se que o entrevistado tenha conhecimento e autoridade sobre o que ele irá discorrer, como por exemplo, a economia do pais, procedimentos médicos, etc. Além destas, só para fins de reigstro, existem ainda as testemunhais e as ocasionais.

Mas quero chegar ao ponto que diz respeito ao que está sendo dito, para quem está sendo dito e, muito mais, o compromisso com o que está sendo dito. A verdade acima de tudo. Com relação ao esporte, os discursos são sempre rituais. Sem importância do ponto de vista teórico/informativo, mas muito importantes do ponto de vista técnico. Ou seja, os jogadores de futebol, na sua grande maioria, sempre falam a mesma coisa em circunstâncias diferentes. Porém, no último sábado, após a derrota do Inter para o "grande" Ipatinga, ouvi alguns discursos sem cursos, isto é, entrevistas sem compromisso. Podemos chamar isso de desculpas esfarrapadas.

Para o torcedor que é sócio do clube, paga em dia a sua mensalidade, vai aos jogos, compra o pay-per-view, as falas dos jogadores, às vezes, soam como falta de respeito. Dizer que o cansaço e o gramado ruim foram os culpados pela derrota é, no mínimo, esquecer que quem paga, indiretamente, os salários dos jogadores é o torcedor. Ora! Se eu ganhasse metade de que ganha o Nilmar, por exemplo, eu daria pontapé na minha sombra e soco nas traves, além de "comer grama" em cada partida. Quero deixar bem claro que não estou o culpando por nada. Muito pelo contrário.

O que leva um atleta como o Alex a proferir tais palavras? Por que não assumem a culpa pela incompetência de não ter ganhado do glorioso Ipatinga, no Ipatingão, ou da Portuguesa de Desportos, no Canindé? Seria muito mais justo com esse torcedor, que ao ouvir entrevistas rituais desse tipo após cada partida, sentiria-se muito mais confortado com a derrota.
Agora, convenhamos, vida de leitor, ouvinte e telespectador não é nada fácil.

quinta-feira, julho 24, 2008

Sai Nilmar!

Os humildes leitores desse humilde blog irão me achar um desvairado. Irão pensar que estou de brincadeira. De certa forma, estou sim. Mas vou adotar a mesma linha de raciocínio do comentário sobre o Celso Roth mais abaixo. No esporte, vejo as críticas como uma forma de impulsionar um determinado atleta ou uma equipe. Servem como construtivas, ou deveriam servir embora a maioria das pessoas não enxerguem dessa forma.

Ouvi, li e assisti nesses último dois meses, críticas ferozes, inclusive de torcedores, sobre as atuações do Nilmar. Críticas relacionadas ao investimento que o Inter teria realizado nesse jogador e que não estariam dando retorno. Críticas quanto a capacidade e ao talento dele. Só que ninguém foi capaz de prestar a atenção no mais essencial, isto é, o esquema tático. Nada favorecia ao estilo de jogo do Nilmar, mas ninguém pensou nessa possibilidade.

Isso comprova que realmente a maioria dos que amam o futebol, não entendem absolutamente nada do esporte. Falam com o sentimento e não separam a razão da emoção, por isso, proferem um monte de bobagens. Sou um dos que nunca questionei o tamanho do talento do Nilmar, bem como o do Fernandão. Penso até que ele poderia, tranqüilamente, integrar a Seleção Brasileira, e por quê não? Numa seleção que já teve Afonso de atacante, o Nilmar jamais poderia ter a sua escalação contestada.

Mas vamos rapidamente aos fatos. Nos últimos quatro jogos do Inter quem marcou os gols? Aquele cujo investimento não está valendo a pena. Nesses último quatro jogos, quem salvou a pele do time? O mesmo cujo os investimentos não estão valendo a pena. Seriam as lesões nos joelhos? Talvez, o fato é que cuidem bem do que falam. Não sejam oportunistas. Eu sempre bato nessa tecla. Duvido que algum clube no Brasil não gostaria de colocar dinheiro fora com o Nilmar.

Da mesma forma que algumas pessoas insistem em criticar o técnico com a segunda e quem sabe a melhor campanha do Brasileirão – basta que o Grêmio vença o Figueirense hoje –, as críticas ao talento de Nilmar também surgem. O que eles dirão agora? Eu diria para os dois sairem, pois gente assim, parece que os jornalistas e os torcedores não gostam, então, que venham outros. Portanto, sai Nilmar! Mas ainda bem que a direção não age com a emoção ou sequer vai atrás da torcida ou até mesmo desses críticos.

quarta-feira, julho 23, 2008

E a Seleção, hein ôoooo...

Não me lembro, nesses poucos anos de vida esportiva, de ver a Seleção Brasileira de Futebol em tão baixa evidência no cenário brasileiro, porque no mundial ela sempre será pentacampeã e a melhor entre todas. "Sábios" torcedores. Queria ver essa Seleção jogando apenas uma partida em algum grupo da Euro Copa deste ano. Ou melhor, não queria não, porque a coisa ia ser desmoralizante.

Mas enfim, vi uma entrevista do Carlos Alberto Parreira sobre a sua volta ao futebol e também sobre a Seleção Canarinho. Em uma das suas respostas ele afirma com segurança, que o Brasil nunca ganhou uma medalha de ouro em Olimpíadas, porque o Páis nunca teve um projeto Olímpico. Tem toda a razão. Diante desta afirmação, não preciso escrever mais absolutamente nada. Tirem as suas prórpias conclusões e imaginem uma empresa sem planejamento estratégico. Onde ela chegará? Logo ali onde diz: Bem-vindo a lugar nenhum.

Rapidamente, vamos so grupo que foi para lá tentar alguma coisa. O Grande astro do momento, Robinho, está fora. No seu lugar, quem mesmo? Ramires? Nunca ouvi falar. Ronaldinho Gaúcho há a grande esperança de que ele volte a ser o que pode ser. Mas repito, há esperança, não certeza. Eu torço para ele, afinal gosto de futebol e ele é um dos poucos que ainda se dá bem com a redondinha. Tudo bem, seguimos adiante. Goleiros? Bom sem comentários. Zagueiros? Menos comentários ainda. Nas laterais, quem mesmo? Ilsinho? Marcelo? Tudo bem não vou criticar agora. Meio Campo, somente dois comentários. Anderson e Ronaldinho. Lucas, não joga nem no Liverpool, Diego mais parece uma enceradeira. Atacantes, mais dois comentários. Pato e Thiago Neves, do Fluminense. Técnico? hahahahahaha. Prefiro me resignar, ou melhor, fazer um rápido comentário. Foi um grande jogador.

Diante disso, me resta apenas fazer o mesmo gesto dos craques da foto acima e aguardar.

Trato é trato já contrato é contrato

Qual o percentual de risco que um clube corre ao contratar um jogador de futebol? Alguém se arrisca? E se o clube desembolsa milhões para contar com o futebol de um atleta e no primeiro mês de trabalho ele rompe os ligamentos do joelhoe fica metade do controato inativo? Pois é, nisso os empresários não pensam na hora de vender esse jogador a outro clube. Só pensam na sua conta bancária que engorda a cada negociação.

Vejam o Guiñazu, por exmeplo. Ele veio para o Inter, que desembolsou uma quantia só revelada pela imprensa, pois o clube nunca confirmou valores dessa negociação, e desempenhou um grande futebol. Porém, só ganhou uma Copa Dubai, que não vale nada em termos de conquistas, e um Gauchão. Até aí tudo bem. Só que a multa rescisória do contrato dele é de U$ 20 milhões e ele vai sair por menos de U$ 5 milhões, pelo menos é o que conta a mesma imprensa.

Agora, imaginem se ele se arrebenta em uma partida e fica fora da equipe durante um bom tempo. Quem arca com as conseqüências financneiras? Resposta: o clube. E se ele não corresponde a altura do seu investimento? Quem arca? Resposta: o clube.

Ora! Nada mais justo então do que se fazer cumprir o contrato na sua totalidade. Como a lei mudou e os clubes não são mais donos dos passes dos atletas majoritariamente, é plausível que os empresários, que assinaram o contrato, o cumpram, isto é, o Guiñazu só sai do Inter se o clube interessado em levá-lo pagara a multa ou pelo menos boa parte dela. Só que a pressão dos empresários é tamanha que o clube praticamente se vê obrigado a vender o atleta pelo que oferecem de forma a não criar uma indisposição entre clube-jogador-empresário.

Quem perde? Resposta: o clube, pois é preciso analisar o custo-benefício. Quanto até hoje o Inter desembolsou com salários, direitos de imagem, etc., e quanto vai sair ganhando com a venda do mesmo? Negócio da China? Não sei, mas que está na hora de mudar, isso está, porque contrato é contrato e tirem fora o trato dessas negociações, urgentemente.

Sai Celso Roth

Não adianta. Basta o técnico que tem a segunda melhor campanha no Brasileirão tirar o Leo de campo para o torcedor chamá-lo de burro. Garanto que tem mais técnico no País querendo ser chamado de burro. Com certeza, é melhor do que ser chamado do incompetente, inútil, fracassado, entre outros adjetivos mais "pesados". O Celso Roth pode ser campeão do Mundo que continuará sendo chamado de burro pelo torcedor gremista. Agora eu me pergunto o por que disso? A resposta seria óbvia. O torcedor em geral ainda não esqueceu as eliminações precoces no Gauchão e, muito menos, na Copa do Brasil este ano. Mas deu, chega! Isso já passou. Pior teria sido se o co-irmão tivesse comemorado o título. Aí a dor seria maior, mas isso não aconteceu.

Agora, convenhamos. Vida de treinador não é nada fácil. Ele, simplesmente deu um nó tático no bom time do Cruzeiro, que perdeu por 1x0 graças ao seu excelente goleiro Fábio, pois o placar poderia ter sido maior, chegou a vice-liderança e ainda teve que ouvir vaias. Por isso, técnico tem que ganhar o que ganha. Nunca consegue agradar ninguém. É impressionante como todo mundo é técnico e jogador de futebol nesse mundo. Fico abismado como não descobrem esses talentos nas arquibancadas. O que dizer dos jornalistas críticos, ou melhor, aqueles que "batem" ferozmente no trabalho dos treinadores. Por que eles não saem de trás das suas colunas mal escritas e vão a campo treinar algum time, já que se acham no direito de dizer como se deve fazer? Por que não foram treinadores ao invés de escolheram outras profissões. Mais lindo ainda é ver o Batista, ex-jogador de Seleção Brasileira, que já disputou Copa do Mundo fazer aqueles comentários enfadonhos na TV de como se deve armar um time, mas tudo bem, ele é o Batista, hein ôoooo......

Enfim, poderia ficar aqui escrevendo até o final do ano sobre isso, mas o que quero dizer é que sou partidário de críticas construtivas em todas as áreas, sejam elas de política, esporte, economia, etc. Mas as críticas oportunistas eu sou totalmente contra, do contrário, tentem fazer melhor. É esse pensamento que deve confortar o Celso Roth. Vice-líder da maior competição nacional e ainda tem que ouvir alguns "sábios" torcedores vaiando o seu trabalho. Se futebol também não fosse coisa séria eu sugeria aos técnicos vaiados ou chamados de burro que aproveitassem a entrevista coletiva para convidar esses torcedores a treinar o clube durante um mês, ou até mais tempo. Caso contrário, se não tem talento para treinar certo ou errado, resigne-se a torcer ou a ficar quieto.