quarta-feira, julho 23, 2008

Trato é trato já contrato é contrato

Qual o percentual de risco que um clube corre ao contratar um jogador de futebol? Alguém se arrisca? E se o clube desembolsa milhões para contar com o futebol de um atleta e no primeiro mês de trabalho ele rompe os ligamentos do joelhoe fica metade do controato inativo? Pois é, nisso os empresários não pensam na hora de vender esse jogador a outro clube. Só pensam na sua conta bancária que engorda a cada negociação.

Vejam o Guiñazu, por exmeplo. Ele veio para o Inter, que desembolsou uma quantia só revelada pela imprensa, pois o clube nunca confirmou valores dessa negociação, e desempenhou um grande futebol. Porém, só ganhou uma Copa Dubai, que não vale nada em termos de conquistas, e um Gauchão. Até aí tudo bem. Só que a multa rescisória do contrato dele é de U$ 20 milhões e ele vai sair por menos de U$ 5 milhões, pelo menos é o que conta a mesma imprensa.

Agora, imaginem se ele se arrebenta em uma partida e fica fora da equipe durante um bom tempo. Quem arca com as conseqüências financneiras? Resposta: o clube. E se ele não corresponde a altura do seu investimento? Quem arca? Resposta: o clube.

Ora! Nada mais justo então do que se fazer cumprir o contrato na sua totalidade. Como a lei mudou e os clubes não são mais donos dos passes dos atletas majoritariamente, é plausível que os empresários, que assinaram o contrato, o cumpram, isto é, o Guiñazu só sai do Inter se o clube interessado em levá-lo pagara a multa ou pelo menos boa parte dela. Só que a pressão dos empresários é tamanha que o clube praticamente se vê obrigado a vender o atleta pelo que oferecem de forma a não criar uma indisposição entre clube-jogador-empresário.

Quem perde? Resposta: o clube, pois é preciso analisar o custo-benefício. Quanto até hoje o Inter desembolsou com salários, direitos de imagem, etc., e quanto vai sair ganhando com a venda do mesmo? Negócio da China? Não sei, mas que está na hora de mudar, isso está, porque contrato é contrato e tirem fora o trato dessas negociações, urgentemente.

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