terça-feira, dezembro 15, 2009

De volta

Após um longo período sem postar absolutamente nada, estou voltando e dessa vez para ficar. O blog esporte deve ganhar força, com opiniões fortes sobre esporte, mas também trazendo alguma manifestação relevante sobre fatos como o dinheiro na meia do papai noel.

Auardem!!!

domingo, março 15, 2009

Melhores do Mundo

Não me refiro aqui ao grupo de teatro que encanta a todos que assistem as peripécias de Joseph Climber, por exemplo. Toco em um assunto que é extremamente delicado do ponto de vista avaliativo e técnico. Isso porque todos tem uma determinada opinião sobre algum fato ou assunto. Então, inicialmente, já vou antecipar que é a minha opinião que está sendo expressada neste espaço.

Diante dos acontecimentos futebolísticos das últimas semanas, não tem como não opiniar. Falo especificamente do gol do Ronaldo Fenônemo. Mas por que Fenômeno? Diz o mini dicionário Houaiss que é qualquer fato observável na natureza; indivíduo de qualidade rara.

Por essa definição já tem uma ideia do porque Ronaldo é chamado assim até hoje. Incondicionalmente, é o melhor jogador de todos os tempos, senão um dos melhores.

Sempre fui fã do futebol do fenômeno. O que ele faz ou fazia fora de campo não me diz respeito. Assim como o que eu faço fora do meu meio profissional não diz respeito a ninguém também. Mas ninguém mesmo. Sou da opinião que jogador tem jogar, e muito bem, afinal ganha para isso. E por falar em ganhar, o Ronaldo sempre fez por merecer o que ganha.

Fazer o que ele fez primeiro no Cruzeiro, depois no PSV, Barcelona então nem se fala. Ele simplesmente humilhou adversários, zagueiros, goleiros. Humilhar no bom sentido, é claro. Encantou torcedores, deixou boquiabertos milhões de telespectadores e eu me incluo nesses milhões. Marcelo D2, se algum dia ler essa postagem, vai se identificar com ela. Até porque ele é autor de uma música em homenagem ao Fenômeno.

Ser um dos pivôes do fiasco da Copa de 98, romper o tendão patelar de um dos joelhos, dar a volta por cima e ser um dos responsáveis por uma das campanhas mais fantásticas da Seleção Brasileira em Copas do Mundo como ocorreu em 2002 só quem é Fenômeno mesmo consegue. Ser o maior artilheiro de todas as Copas, três vezes o melhor do mundo e por aí vai.

Sei que Garrincha, Pelé, Tostão, Carlos Alberto, Maradona, Platini entre outros tem história igual no futebol mundial. São figuras marcantes sim. Respeito isso, e muito. Mas o Ronaldo eu vi jogar. Eu o acompanho. Eu acredito nele e no futebol dele. Me orgulha ver uma pessoa lutar contra a maré, quando outra poderia simplesmente desacreditar na vida e, já forrado de tanto dinheiro, decidir parar. Dizer: CHEGA!!! Mas ele não. Ele não, porque ele é Fenômeno. Ele é show man. Quem é a referência na Seleção depois dele? Ninguém assumiu com tanta maestria a camisa 9 na Seleção depois de Romário e Ronaldo. Pergunto novamente, quem?

Para mim existem três melhores do mundo, mas a lista pode aumentar. Não que os outros não sejam, mas esses são gênios. Romário, Zidane e Ronaldo Nazário, o Fenômeno. Como se não bastasse ele se arrebentou novamente, veio para o Brasil, mesmo acima do peso em 28 minutos dentro de campo, infernizou adversários novamente como uma fera enjaulada, chutou uma bola no travessão, que ia entrar no ângulo e, aos 48min do segundo tempo, a jaula se abriu e ele trinfou novamente.

Alguém que poderia chegar perto dele é o Gaúcho, mas inexplicavelmente não quer mais jogar futebol, mesmo sem rupturas de tendão patelar, sem estar acima do peso e sendo bem mais novo. Deveria pegar o Ronaldo, ou melhor, a história de vida desse atleta e aprender mais sobre a vida e como se tornar um fenômeno. Assim, teria lugar na minha seleta lista de fenômenos.

segunda-feira, janeiro 19, 2009

A morte do trema e do bom senso

O que uma coisa tem a ver com outra deve estar se perguntando quem ler esse título. Pois então, vamos aos fatos. O trema morreu. As próximas gerações sequer saberão que ele algum dia existiu a menos que pais preocupados com isso expliquem que algumas palavras tem a letra U pronunciada. Essa geração será a do cachorro quente com linguiça, assim mesmo com GUI como o pronunciado no nome Guilherme. Daqui alguns anos ninguém mais lembrará que um dia vôo tem acento circunflexo. A adequação da nossa língua às normas internacionais dos países que também falam português é algo, ao meu ver, desnecessário, sem importância neste momento como o que segue mais abaixo sobre a ideia central desse post.

Jamais a nova geração lembrará que o trema era aqueles dois pontinhos na horizontal que ficavam sobre a letra U. Enfim, ele fincará na história. Apenas os alunos mais instigados e pesquisadores descobrirão que ele um dia fez parte das nossas vidas.

Exatamente quinze dias depois das novas regras ortográficas descobri que o bom senso também morreu. Isso mesmo. Morreu. Não na sua essência como o trema e alguns acentos gráficos em determinadas palavras. Diante das notícias do acidente envolvendo a delegação do Grêmio Esportivo Brasil-Pe, fiquei atônito tentando adquirir informações sobre os mortos e feridos na tragédia.

No final da noite, em umas das rádios de maior audîência do Estado, o bate-papo com um dirigente do clube estava fluindo normalmente sobre o dia e o estado de saúde do restante do grupo de jogadores e da situação psicológica dos familiares, quando um dos locutores parece ter esquecido que daquele acidente, vidas tinham sido interrompidas. O assunto partiu para o lado menos interessante. Contratação de atletas, participação ou não no Gauchão 2009, entre outros assuntos. A sensação que tive é a de que parecia que havia algum interesse financeiro pela não desistência do clube de participar da competição. Isso é a morte do bom senso. É falta de sensibilidade para entender que aquela não era a hora para tal discussão. É o mesmo que chegar em uma barraquinha de cachorro-quente e pedir um com luinGUIça. O pior de tudo é ter que aGUEntar tudo isso, Vianey Carlet.